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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Laboratório de Criatividade, Inclusão e Inovação Pedagógica (LACIIPED) realiza evento sobre saúde no Campus Engenho Novo II


No dia 29 de Novembro de 2014, o Campus Engenho Novo II realizou o evento “Ligados na Escola: Educação em Saúde e aprendizagem significativa”, fruto da parceria entre as Ligas Acadêmicas de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Laboratório de Criatividade, Inclusão e Inovação Pedagógica do Campus Engenho Novo II (LACIIPED).

Prof. Bruno Rafael, Profa. Kátia Xavier, Prof. Marcio Nogueira, Profa. Priscila Oliveira, Profa. Elaine Novais, Profa. Gloria D'Escoffier, Prof. Wagner Torres, membros do LACIIPED e Profa. Maria Helena Faria Ornellas de Souza (UERJ)

O LACIIPED tem como missão colaborar para a construção de um espaço de diálogo sobre a formação humana no âmbito da Educação Básica, que contemple reflexões e ações voltadas para o desenvolvimento da criatividade, a problematização da dialética inclusão/exclusão e a criação coletiva de inovações pedagógicas por parte dos atores que habitam a comunidade escolar.

Dentre as linhas de ação propostas pelo Laboratório, destaca-se a realização de eventos que coloquem em foco temáticas atuais, além do desenvolvimento da aprendizagem significativa e suas relações dinâmicas com a diversidade, saúde e a educação sob o ponto de vista transdisciplinar.

Desse modo, o evento “Ligados na Escola: Educação em Saúde e aprendizagem significativa” marcou a culminância do Projeto transdisciplinar intitulado: “Que Direito Tenho ao Meu Corpo?” desenvolvidopelo LACIIPED, que teve como objetivo geral promover o debate sobre o conceito de saúde e suas dimensões mental, física e social, junto a estudantes do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 1ª a 3ª série do Ensino Médio, tomando como parâmetro a definição apresentada pela Organização Mundial de Saúde (OMS): “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (OMS, 1946).

Além do evento, a equipe de professores envolvida no projeto produziu material didático transdisciplinar sobre a temática em tela, para utilização nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Prof. Bruno Rafael, Prof. Marcio Nogueira, Profa. Priscila Oliveira,  Profa. Kátia Xavier, Profa. Maria Helena Faria Ornellas de Souza e graduandos em Medicina da UERJ

O Evento ocorreu das 7h às 16h20min e contou com a participação de cerca de 250 estudantes, do 8º ano do Ensino Fundamental à 3ª Série do Ensino Médio regular, além da participação especial de alunos e alunas da Educação de Jovens e Adultos. As oficinas foram mediadas por estudantes de medicina, sob a supervisão da Profa. Dra. Maria Helena Faria Ornellas de Souza, médica e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e orientadora da Liga de Oncologia (LIONCO).
A Liga acadêmica de Oncologia (LIONCO) realizou a oficina "Você é o que você come", debateu sobre a relação entre os alimentos e os diferentes tipos de câncer e destacou o papel da alimentação na prevenção do câncer, com 144 participantes.


Oficina "Você é o que você come" (LIONCO)

Oficina "Você é o que você come" (LIONCO)


A Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMFAC) ofereceu a oficina "Raio X das delícias", para 141 participantes e buscou desvelar o teor de sódio e açúcar dos alimentos e esclarecer de que forma a alimentação pode provocar doenças como a osteoporose e a aterosclerose.


Oficina: "Raio X das delícias" (LAMFAC)

Oficina: "Raio X das delícias" (LAMFAC)

A Liga Acadêmica de Saúde da Mulher (LASMU) falou, na oficina intitulada "Previna-se!", sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis e abordou a importância do uso de preservativos na prevenção das DST, com 105 participantes.


Oficina: "Previna-se!"

Oficina: "Previna-se!"

A Liga de Medicina Complementar e Integrativa (LIMCI) proporcionou a vivência de uma técnica de massagem denominada Tui Ná, oriunda da medicina tradicional chinesa e atingiu 123 participantes.


Oficina: "Tui Ná"

Oficina: "Tui Ná"

Avaliação do evento

Os estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental, do 9° ano do Ensino Fundamental, do 1° ano do Ensino Médio e do 2° ano do Ensino Médio do Campus Engenho Novo II foram convidados a avaliar a experiência vivenciada e sugerir atividades a serem realizadas na próxima edição do Ligados na Escola. No contexto geral, a avaliação foi positiva na visão da maior parte dos alunos (92,12%), que classificou o evento como “Muito Bom” e “Bom”. Apenas 6,06% dos estudantes avaliou a iniciativa como “Regular” ou “Ruim”.

Dentre os temas sugeridos para a próxima edição podemos mencionar: Saúde – Atividades Físicas e Esportes; Saúde – Tecnologia e interatividade; Saúde – Artes e Cultura; Saúde – Nutrição; Saúde – sexualidade; Saúde - drogas uso medicinal; Saúde - medicina alternativa; Saúde – meio ambiente; Saúde – religião; Saúde – outros temas.

Abaixo, seguem algumas avaliações dos graduandos em Medicina a respeito do evento: 
O evento foi muito bom. O interesse e a curiosidade dos alunos que participaram da nossa atividade nos estimula a continuar realizando atividades como essa e buscando novas atividades que estimulem o interesse além de levar informações para os que delas participam” (Claudiane, LAMFAC).
Achei que o evento foi maravilhoso! É ótimo estar entre adolescentes e crianças, me sinto mais jovem e foi muito divertido, pois senti que o público interagiu muito e aprendeu também. Houve uma troca muito rica de experiências e aprendizados. Contribuiu de forma muito positiva e enriquecedora para minha formação, além disso me fez ver o quanto é ótimo trabalhar com rodas de grupos e dinâmicas interativas, pois me fez sentir mais próxima e acolhida pelo público alvo. Acho que todo ano deve existir esse projeto! Eu amei! (Natália, LASMU).
Na tentativa de sintetizar o projeto em uma palavra a LASMU considerou para o Ligados na escola a palavra: desafio. Isso porque o público alvo foi distinto do que tínhamos experiência. Já trabalhamos com população de comunidades, com atletas, com alunos do curso biomédico, com pacientes do HUPE mas nunca direcionamos nossas atividades para adolescentes do ensino fundamental/médio que possuem acesso a uma educação significante. Isso nos fez pensar em uma pedagogia que, ao invés de focar na transmissão de informações, direcionasse para sensibilização dos alunos com uma perspectiva de futuro, já que acesso a informações sobre DST (nosso tema) com certeza já teriam. Com isso, formulamos uma metodologia a qual consideramos que foi muito eficiente: os estudantes responderam bem a nossa abordagem sendo participativos na dinâmica e levantando suas principais dúvidas.
Além disso, não podemos deixar de citar o acolhimento que recebemos de toda a equipe da escola. Isso nos deixou menos inibidos para realizar a atividade. Nos sentimos de verdade em equipe.
Ademais, tivemos consequências bem positivas do projeto. Primeiro, todos os componentes da liga viram, mais uma vez, a importância da educação em saúde independente da realidade sociocultural da população alvo. Segundo, a divulgação do projeto na nossa página da rede social Facebook já fez ligas de outras universidades procurarem ajuda para mobilizar um projeto similar. E terceiro, as dúvidas e comentários dos estudantes tanto durante a dinâmica quanto pelo questionário aplicado serão instrumentos de reflexão para que aprimoremos nossas táticas de abordagem para os próximos eventos, constituindo assim oportunidade de amadurecimento para a liga como um todo. (Elisabeth, LASMU).
Eu considero que o evento foi muito bom e proveitoso pelo que pude ver. Os alunos pareceram muito animados por experienciar uma atividade diferente da rotineira na escola. É realmente uma ideia inovadora propiciar esta troca entre universitários e alunos para que os primeiros revivam as antigas memorias do colegial e para que os últimos possam perceber que a faculdade oferece não apenas cursos de graduação de conteúdo previamente fixado, mas atividades de extensão com inúmeras trocas de conhecimento e aprendizado como as desse evento.
Particularmente o evento contribui na minha formação para relembrar e reincorporar na minha rotina este espirito juvenil mais livre, mais despojado. E também pude praticar e ajustar habilidades sociais que geralmente são direcionadas aos adultos e idosos para interagir com os jovens tentando entender e ajudar a trabalhar com seus receios e pré julgamentos típicos dessa fase da vida. (Ana, Ex aluna do CPII, LIMCI)
A LiOnco realiza anualmente a campanha "Você é o que você come" com o objetivo de alertar a população sobre os riscos e benefícios dos alimentos em relação ao desenvolvimento de diversos cânceres e pela primeira vez realizamos uma abordagem direcionada apenas aos jovens. Em todos os grupos pudemos observar a empolgação pelos novos conhecimentos bem como a interação das novas informações com as suas experiências alimentares em casa ou na escola e nos surpreendemos como muitos já conheciam algumas informações que geralmente a população em geral não possui, de forma, que acreditamos que possamos acrescentar mais conteúdo às próximas campanhas. O compartilhamento de informações sobre a UERJ e o curso de medicina também foi um ponto positivo no sentido de expansão no que acontece, muitas vezes, apenas entre os muros da universidade. Além disso, ouvimos relatos dos alunos sobre curiosidades que o fariam pesquisar sobre o assunto em casa, o que justifica todo o nosso trabalho: transmitir informações e transformá-las em um elo de busca da promoção de saúde e do autocuidado. Agradecemos a todos os envolvidos e o Colégio Pedro II pelo espaço e a gentileza de acolher a nossa universidade. (Aline, LIONCO).

Finalmente, os integrantes do Laboratório de Criatividade, Inclusão e Inovação Pedagógica (LACIIPED) consideram que essa proposta se destaca como relevante no contexto educacional, na medida em que estreita os laços entre profissionais da saúde e da educação, amplia os conhecimentos sobre a temática em tela, de forma significativa, serve como subsídio para a problematização de questões relacionadas à situação de saúde de diferentes grupos e pode favorecer a compreensão de como os estudantes percebem essas questões e resolvem seus problemas cotidianos.


Prof. Marcio Nogueira, Profa. Daisy Oliveira, Profa. Elaine Novais, Prof. Wagner Torres, Prof. Leandro Teofilo, Profa. Kátia Xavier e graduandas em Medcina da UERJ

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